sábado, 5 de dezembro de 2009

trilho 108

Ataque ao forte IV

Tal como tinha previsto o professor Bambo o Ataque ao Forte esteve sempre debaixo de nuvens negras...

Primeiro foram as pernas de alguns meninos que começaram a tremelicar quando ouviram falar em tantos quilómetros e lá tivemos de alterar o regresso de Valença.

Depois o fim-de-semana passado tornou-se evidente que as condições climatéricas tornavam insustentável levar a cabo uma tão desgastante aventura...

O Presidente, cheio de bom senso, bem tentou alertar os ciclistas mais afoitos (ou quem sabe desmiolados). Retorquiu alguém, que nem chovessem ostras da Normandia ia para Valença, mesmo sozinho...

Certo é que chegados ao dia da aventura S. Pedro (talvez o da Torre) não esteve com meias medidas e continuou a descarregar pipas de água por todo o Alto Minho.

No local de concentração (o mítico Café Neves) à hora marcada e para espanto da comitiva já o Trinca Rectângulos tinha a burra à porta toda apetrechada com os famosos guarda-lamas do amor inclusive.

O Engenheiro e o Pinta Latas estavam engravatadinhos (prontos pra ir à missa) a tomar o café da manhã... Que estavam a fazer? À espera de ver pra que rumo tomava a aventura! Cancelamento? Continuação? Alteração de Itinerário?

Após apurada discussão deu-se a luz... e decidiram contra a vontade do Presidente (que queria ir pôr as pantufas e esticar-se em frente à lareira) e lá decidimos fazer um percurso alternativo em respeito pelo Perna de Pau e pelo Trinca Rectângulos... Saímos em direcção ao nosso monte favorito cheios de vontade de triunfar e cheios de água até às orelhas, porque continuava a chover com muita vontade... A subida iniciou-se na mítica calçada da Casa do Jaime e tal como dizia o Quim da Ponte, nos primeiros cinquenta metros já alguém levava cem de atraso...

Eis a primeira de muitas dificuldades do dia com Perna de Pau a fazer jus à alcunha que lhe deram… E a história repetiu-se de rampa em rampa, de lamaçal em lamaçal até chegarmos ao descanso improvisado no “coreto” em Santa Justa.

Durante a paragem o Trinca Rectângulos armou a tenda e foi sair toalhas, camisolas, meias, sandes de torresmos, arroz de cabidela, preservativos, enfim parecia o saco do Sport Billy. Neste descanso ouviu-se a frase do dia da voz do Vitaminas que insistia em regressar a casa sendo apenas 10h 40. Claro que foi completamente enxovalhado pelo Tainhas e pelo Presidente que lhe esticaram as orelhas e “obrigaram” a mais um bocadinho de chuva e lama. Quem também não gostou muito do prolongamento da aventura foi o Perna de Pau que já tinha dado o famoso berro.

Iniciou-se a descida para Carvoeiro onde o Vitaminas provou que está em grande forma, porque pra subir “tá quieta mula”.

O último episódio desta aventura encharcada foi a cãibra que acometeu as já estafadas pernas do Perna de Pau e que quase obrigavam à chamada do heli do INEM…

Para terminar esta sadia aventura fomos ao duche quente, e esperamos, esperamos, esperamos, esperamos até que finalmente apareceram o Tainhas e o Perna de Pau que estiveram a depilar a carinha… De seguida fomos aconchegar o estômago no Soldoce e mais uma vez estivemos a esmiuçar esta aventura, ou seja a bater no ceguinho...

Queremos agradecer a S. Pedro por ter sido tão nosso amigo ao mandar esta chuva imensa, pois se tem mandado sol só dois dias depois é que chegaríamos a Valença.

O Ataque ao Forte ainda não terminou! Perdemos a batalha, mas não a guerra e quando a lama secar prometemos lá voltar…

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