terça-feira, 27 de julho de 2010

João Cruz e Manuel Franco participam em ultramaratona até Santiago


Ao fim de três anos sucessivos entre marcações e desmarcações ora com um grupo, ora com outro, e de forma completamente esporádica eu e mais três elementos (André Alves, Romão e Manuel Franco) lá combinamos finalmente em percorrer a distância de Esposende até Santiago de Compostela numa etapa só.
Eram 3 horas da manhã de Domingo dia 25 de Julho, precisamente dia de Santiago, quando arranquei de Esposende juntando-se em Neiva e Viana do Castelo os restantes elementos.
18º de temperatura marcava o inicio, pelo meio tivemos 11º em Tui e muito vento onde o Romão lá deixou escapar o velho ditado, “de Espanha nem bons ventos…”, a partir daí foi sempre a subir com 37º de máxima e uma pequena brisa que lá ia refrescando os corajosos.
Quanto ao caminho propriamente dito, simplesmente espectacular, com sinalização de fazer inveja a muitos passeios (só faltava mesmo os abastecimentos), com informação de distância em falta ao pormenor até à unidade de metro.
Percorrer o caminho faz-nos transportar para uma meditação profunda, dado os milhares de pessoas que percorrem o mesmo caminho ano após ano, todos com significados distintos mas com o mesmo objectivo, chegar a Santiago de Compostela.
Há uma série de variedades de trilhos, desde os que permanecem intactos há séculos, aos que passam pelas pequenas povoações, outros com sucessivas subidas e descidas mais íngremes, com vistas fantásticas para Rias Baixas e Pontes Romanas…
No final, contabilizamos, no meu caso 194 km e 9 horas e 15 minutos e muita àgua barras, gel, bocadillos de jamón e tortilla.
O regresso foi mesmo de comboio ficando o reparo que os inter-regionais espanhóis nada ficam a dever ao nosso alfa pendular. Para quê o TGV, equipem a CP com comboios dignos do século XXI.
A repetir com toda a certeza, antes e para que a peregrinação fique completa e como manda a tradição, fica na algibeira quem sabe para 2011, Santiago – Finisterra.

João Cruz

domingo, 18 de julho de 2010




Um dia inteiro de festa e competição permanente é o grande desafio que a Associação Amigos do Pedal, de Vila Nova de Famalicão, lança a todos os amantes, profissionais e amadores, do BTT. Serão "24 horas Non-Stop" de pedaladas, animação e divertimento, a decorrer nos nos próximos dias 11 e 12 de Setembro, na Quinta do Outeirinho, no Louro.

Para a realização deste grande evento desportivo será levantada toda uma mega estrutura organizativa, que ficará sedeada numa quinta bucólica situada bem no coração do Verde Minho, envolta por uma imensa mancha florestal e rural, com jardim exterior com 10.000 m2 e parque de estacionamento para 200 carros. As estruturas de apoio à festa contemplam a criação de um conjunto de bares com animação permanente e dj's convidados, montagem de zonas de espectáculo e lazer, parque infantil, abertura de um restaurante de referência e self-service para refeições rápidas.

Quanto à pista de BTT, serão sensivelmente 8 Km de aventura e adrenalina, através de trilhos naturais cuidadosamente preparados para tirar partido de todas as emoções que o BTT é capaz de proporcionar.

As inscrições estão abertas a partir de hoje em 24horasbttfamalicao.com
Estão disponíveis em nome individual e em equipas de 2, 4 e 6 elementos, com um custo de 10EUR, 20EUR, 40EUR e 60EUR, respectivamente.

sábado, 17 de julho de 2010

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Chaves – Santiago 2010 A aventura pelas terras galegas no Ano Santo Xacobeo I

“O caminho faz-se caminhando… “
Mário Soares



1ª Etapa Chaves > Junqueira de Ambia

O primeiro dia começou por volta das 4h30 da manhã com o toca a sair da cama e abalar em direcção a Chaves.
Após cerca de duas horas de viagem (na palhaçada, como é hábito) chegamos à cidade de Chaves onde iniciamos a nossa viagem pelos caminhos de Santiago.
A partida foi dada na ponte do trajano (rio Tâmega) onde tiramos a foto da praxe e seguimos pela estrada nacional rumo Vila Verde da Raia. Durante cerca de 10kms fomos aquecendo as pernas pelo alcatrão, pois no concelho de Chaves não existem as famosas setas amarelas que nos indicam o Caminho.
Chegamos com facilidade à zona raiana que tem posto fronteiriço completamente ao abandono e, para nosso espanto, com uma placa de uma famosa imobiliária que o vende ou arrenda… Não sei se será uma piada extensível ao resto do nosso jardim à beira mar plantado.
Chegamos a Feces de Abaixo (rico nome tem os galegos) onde além de poder atestar o carro sem ter um enfarte ainda se podem comprar caramelos, chouriço revilla e outros produtos que todos os dias cruzam a fronteira no sentido descendente.
Aqui começou o verdadeiro Caminho com setas pintadas nos locais mais óbvios, de modo a que o peregrino faça a sua peregrinação com a certeza que vai no rumo certo.
Até à cidade de Verin foi um passeio rápido pelos planaltos galegos, mas como nem tudo são rosas dentro da cidade não havia qualquer marcação e perdemos mais de meia hora até atinar até o percurso que nos conduziria à localidade de Laza. Fomos pedalando por caminhos e veredas sempre na companhia do rio Tâmega que mais parece por estas terras um pequeno riacho. Também passamos por algumas aldeias típicas, com casas de xisto e varandas lindíssimas, quase desertas onde só se vislumbravam velhotes conversando nos bancos públicos.
Em Laza o dream team do apoio logístico já tinha descoberto um café/restaurante onde iniciamos a saga das saladas mistas e dos filetes de ternera…
Depois do repasto e com uma temperatura bem acima dos 30 graus saímos em direcção a Albergaria. Foram apenas 12 quilómetros, mas 8 deles foram monte acima com inclinações absurdas em terrenos xistosos que nos fizeram suar as estopinhas, sempre com uma vista de cortar a respiração, com o Tâmega a rasgar os vales rumo a Portugal…. Como disseram uns peregrinos: Inumano tio!!!
Chegamos ao alto da Albergaria e lá estava a equipa de apoio com água fresquinha e comida para repor as energias que já escasseavam àquela hora da tarde.
Ao passar em Albergaria quase nos passava despercebido El Rincon Del Peregrino, mas felizmente não perdemos esta taberna mítica da Via da Prata. É uma pequena taberna literalmente coberta de vieiras que são oferecidas pelo simpático dono. Cada peregrino deixa assim a marca indelével da sua passagem, e nós também não podíamos deixar de o fazer. A nossa concha foi imediatamente aparafusada numa coluna de madeira existente na taberna. O brinde à nossa passagem foi com cerveja Mahou que por acaso estava bem fresquinha.
A partir de Albergaria foi essencialmente um percurso de descida, até porque tudo o que sobe desce, até entrarmos numa zona de planalto e longas rectas onde rolamos a velocidades loucas para peregrinos.
Antes da chegada a Junqueira de Ambia ainda fizemos uns single-tracks muito fixes por zonas de vegetação rica em carvalheiros e sobreiros.
E a primeira etapa estava concluída. Acomodamo-nos no albergue para peregrinos, tiramos as toneladas de lixo do corpo e fomos conhecer a aldeia, que outrora tinha sido muito importante na região como o testemunha a igreja paroquial e o mosteiro do Século XI que a ela está associado.
O jantar foi mais um momento divertido, com pouca variação na ementa do almoço. Depois de umas Estrelas de Galicia e muita conversa fomos dormir porque estávamos todos completamente rotos e o dia seguinte era uma incógnita…


Dados do 1º dia

Quilómetros percorridos: 94,61

Tempo a pedalar: 6h 08m 33s

Média horária da etapa: 15,4


















Chaves – Santiago 2010 A aventura pelas terras galegas no Ano Santo Xacobeo II

2ª Etapa Junqueira de Ambia > Castro Dózon


“Quando vais de bicicleta estás sempre a subir, porque as descidas são poucas e fazem-se depressa…”

Um peregrino (11-07-2010)
A manhã acordou nebulosa e fria, mas a antever a chegada em breve de um Sol abrasador…
A saída deu-se perto das oito horas (não sei se galegas se minhotas), mas antes disso fizemos uma paragem técnica para pequeno-almoço em que o Torcato Rocha aproveitou para arejar os pulmões com uns cigarrito da praxe… logo a seguir montou a sua burra para fazer a manhã a pedalar ficando o José Novo como homem do leme no sector logístico…
O início parecia ser duro, mas logo a partir do quinto quilómetro foi rolar calmamente até à cidade de Ourense ou como alguém dizia Ourém…
A cidade de Ourense (capital de província) é dividida pelo Rio Minho que passa turbulento e selvagem. É atravessado por diversas pontes das quais saliento a mais antiga em pedra e a mais actual que á uma verdadeira obra de arte.
A surpresa mais espectacular de Ourense foi a visita à catedral da cidade e à capela dedicada à via-sacra. É um verdadeiro tesouro do barroco com talhas douradas riquíssimas e pinturas a óleo que forram por completo paredes e tectos.
Passado o momento cultural avançamos em direcção a Cea, mas logo à saída de Ourense debatemos com a primeira dificuldade séria do dia que foi O Caminho Do Rei. Este caminho ancestral tem pendentes muito acentuadas, autênticas paredes que se prolongam por uns bons seis a sete quilómetros. Foi uma subida sofrida, muito lenta e com muito suor, mas lá chegamos ao alto e continuamos em direcção a Cea que alcançamos já na hora de almoço. A chegada a Cea foi brindada com uma filarmónica local que tocou no exacto momento que alcançamos a praça principal lá do sítio. Penso que foi uma justa homenagem ao esforço do Torcato que resistiu cerca de 50kms de muita dureza.
O almoço para não variar foi o do costume, porque em Espanha, aparentemente, só se comem saladas mistas e filetes de ternera. O momento do tacho foi bom, mas o problema veio a seguir com a saída, porque a 36º não há quem queira pedalar. A muito custo seguimos as setas amarelas não sabendo se estávamos a fazer o desvio para o famoso mosteiro de Oseira. Ao fim de oito quilómetros por caminhos tortuosos e sob um calor escaldante vislumbramos o mosteiro de Oseira, que fica literalmente no meio de nada. Há época este mosteiro era o motor da economia local, hoje é um ponto de visita obrigatória na Galicia rural. Reabastecemos à sombra do mosteiro e continuamos o nosso percurso… quando ao fim de duzentos metros de pedaladas encontramos um caminho de cabras, que durante dois quilómetros nos levou encosta acima até ao topo do monte sempre a empurrar a bicicleta, pois o BTT é impraticável neste troço. Foi a segunda grande dificuldade do dia.
Como tudo que sobe desce, iniciamos mais uma descida, quando de repente perdemos de vista as marcações. Como já tínhamos descido muito decidimos ir por estrada, cerca de 5km em direcção a uma aldeia onde voltamos a ver setas e retomamos o bom trilho.
Para finalizar a etapa entramos no monte em Piñor e nunca mais vimos vivalma… foram dez quilómetros que mais pareceram cem, com subidas constantes, sempre a pedalar até ao cimo do monte de onde se avistou finalmente a localidade de Castro Dózon.
Fizemos uma descida rápida até à freguesia e depois de encontrarmos o pessoal do apoio registamo-nos no albergue local, tomamos um banho refrescante e partilhamos a aventura entre todos…
Já a tarde ia longa quando resolvemos ir à procura de restaurante para retemperar forças. Fizemos umas pesquisas na zona e acabamos por jantar no único café da aldeia, onde por sinal fomos muito bem tratados.
O jantar para não variar foi mais do mesmo. Para surpresa e alegria do pessoal a empregada no fim do jantar trouxe os famosos chupitos de café, ervas e caramelo… foi um ver se te avias a provar de todos, mas o café continuou a ser o eleito. O Orlando, que estava sonolento, ganhou um brilho novo nos olhos. Depois dos chupitos atacamos, pouco, nas Estrelas de Galicia e nas Mahous,
Revivemos a aventura do dia e até contratos conseguimos arranjar… com alguns contactos sms para Portugal…
Como estávamos muito moídos fomos relativamente cedo para o albergue e assistimos a uma sinfonia de roncos até cairmos nos braços de Morfeu… porque o dia seguinte era longo e queríamos chegar a Santiago ainda relativamente cedo….

Dados do 2º dia

Quilómetros percorridos: 82.59

Tempo a pedalar: 6h 20m 44s

Média horária da etapa: 13.00

Chaves – Santiago 2010 A aventura pelas terras galegas no Ano Santo Xacobeo III

3ª Etapa Castro Dózon > Santiago de Compostela

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia…...e se não ousarmos fazê-lo teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa


O galo cantou bem cedo para o arranque da derradeira etapa que nos havia de ligar à Praça do Obradoiro… Eram 7 horas galegas…
O pequeno-almoço foi tomado no albergue de Castro Dózon e começamos a rolar a ritmo lento em direcção a Santiago por longas rectas de terra ladedadas por imensos carvalheiros. Passamos ainda por imensos campos agrícolas muito bem tratados onde vimos bastantes corvos e pegas que se vêem menos por cá…
A primeira paragem foi em Laxe onde fomos tomar o café a uma estação de serviço da Galp, que por sinal tem uns preços de combustíveis bem diferentes dos de Portugal…
Os quilómetros seguintes foram relativamente fáceis, até descermos a uma ponte medieval (romana) e uma calçada que tornava impossível o avanço das bicicletas.
Superada a pequena dificuldade fomos rolando até chegarmos à margem do Rio Ulla onde estão a construir uma ponte gigantesca que vai servir de linha ao TGV espanhol… uma obra que vai indelevelmente marcar a paisagem galega.
Descemos vertiginosamente até à localidade (Ponte Ulla) onde carimbamos as nossas credenciais e quando pensávamos que Santiago estava ali ao pé, logo percebemos que o rabo da vaca é o pior de esfolar. Foram 12 quilómetros com muitas subidas quando as forças já escasseavam em algumas pernas… Lá chegamos à localidade de A Susana que fica a 7 quilómetros de Santiago, mas que ainda demorou 45 minutos a percorrer até atingir o objectivo e entrar na Praça do Obradoiro onde o Torcato e o José Novo esperavam ansiosamente a nossa chegada.
Tiradas as fotografias da praxe fomos levantar as nossas Compostelanas, que atestam a nossa peregrinação ao túmulo do apóstolo…
De seguida fomos despir os equipamentos, tratar da higiene na casa de banho do parque de estacionamento e fomos (re)conhecer a catedral de Santiago.
Depois da visita cultural veio a visita comercial e compramos os habituais recuerdos para satisfazer as respectivas mulheres e crianças...
Arrumadas as bicicletas e com a sensação de dever cumprido iniciamos a aventura seguinte que foi procurar comida em Espanha. Andamos, andamos, andamos e viemos parar a um café em Padrón que nos serviu apenas umas sandes porque comida de prato àquela hora já não havia… Devo dizer que a ASAE não deve existir do lado de lá da fronteira a fazer fé nas condições arcaicas das casas de banho… Não pensei que fosse possível em pleno século XXI…
Em Padrón foram entregues recordações a todos os participantes nesta magnífica aventura…
Finalmente fizemo-nos à auto-estrada em Padrón e rapidamente percorremos os quilómetros que nos separavam das Neves.
Ainda fizemos uma paragem técnica no Café Neves para brindar à conclusão desta aventura que terminou deixando no corpo muitas marcas e saudade dos três dias intensos a pedalar pela agreste Galicia…

Quem sabe se haverá nova aventura para 2011 ou 2012, desta vez com mais ciclistas e em especial com o nosso amigo José Novo que uma semana antes da partida teve um lamentável acidente e não pôde participar como ciclista… mas que esteve sempre presente nos pensamentos e nas chamadas de telemóvel…

Dados do 3º dia


Quilómetros percorridos: 75.46

Tempo a pedalar: 5h 23m 45s

Média horária da etapa: 14.1




Nos três dias


Quilómetros percorridos: 252.66
Tempo a pedalar: 17h 53m 3s
Média horária final: 14.41


Alguns números

800 kms percorridos pela carrinha
112 garrafas de água 33cl = 36.96litros
23 cervejas Super Bock Abertura Fácil
35 cervejas Estrela de Galicia e Mahou
2 furos
5 refeições rigorosamente iguais

terça-feira, 13 de julho de 2010

24 horas em grande










III Edição das 24 Horas de Junqueira – O Lugar mais Alto –

http://24horasdebtt.blogs.sapo.pt/





Pois é, com expectativa e afinco foram os adjectivos mais utilizados na preparação da segunda participação nas 24 Horas de Junqueira.



O objectivo passava por pelo menos igualar o resultado obtido o ano passado, mas este ano, fruto da estratégia, regularidade, e ausência de problemas técnicos de maior, fomos os primeiros classificados, quer em equipas de 4 elementos, quer na geral.



Apenas 2 minutos de vantagem separaram os segundos classificados que foram os BikeSeven KTM 1 de Esposende, Esta vantagem elucida o quanto competitivo foi esta corrida, não havendo qualquer margem para erro ou descanso.



Ao Zé da ViaBike os nossos agradecimentos pelo apoio logístico e material que nos forneceu. Aos restantes 3 elementos, André Alves, Rui Novo e João Forjães, Bravo pelo espírito de amizade, sacrifício e competitivo que disponibilizam nesta corrida.

sábado, 3 de julho de 2010

Notícia de última hora



Queda em treino afasta José Novo da Chaves-Santiago 2010.
O nosso ciclista ferroviário está afastado da ida a Santiago que decorre já no próximo fim de semana.
Ontem, enquanto fazia mais um treino em alta montanha, José Novo perdeu o controlo da sua laranja numa lomba e embateu violentamente na terra dura de Portela Susã.
De início as dores foram suportáveis, mas com o adiantar das horas confirmou-se o pior e foi-lhe diagnosticada uma fractura da clavícula que o vai afastar das pedaladas por seis semanas, seguidas de intensa fisioterapia para recuperar a 100%.
A ida a Santiago está ainda em aberto, porque poderá assumir novas funções: aguadeiro e vigilante das Estrellas de Galicia.

Toda a equipa lhe deseja as mais rápidas melhoras e um regresso em grande aos trilhos...