terça-feira, 14 de junho de 2011

Etapa 3

A etapa 3 iniciou-se às 6 da manhã com um despertar muito violento para os trilhos mais aventureiros que, na véspera fizeram um raid nocturno às cervejas Mahou e a um consultório de dentista, mas que por ironia do destino estava encerrado por não ter condições de higiene. Levantados da cama de uma noite mal dormida, já que alguém deixou duas fluorescentes acesas toda a santa noite lá nos equipámos, tomámos um pequeno almoço já com pão espanhol (é preciso ter boa cremalheira para o trincar) e fizemos-nos ao caminho. Os cerca de 70kms que nos separavam de Santiago foram sendo percorridos a um ritmo mais lento, com algumas avarias nomeadamente a rodilla do El presidente que nem com reumon gel se curou e um furo na burra do Tijelas que não agantou o excesso do peso do tripulante... Depois da paragem obrigatória no Monte do Gozo (onde João Paulo II peregrinou e orou) alcançámos a mítica praça do Obradoiro ao som da mística gaita de foles galega que soava numa das escadarias de acesso. No Obradoiro encontrámos imensos compatriotas que, também neste fim de semana, se fizeram aos caminhos. Depois da foto da praxe, onde se vê visivelmente um Vitaminas bastante mais elegante fomos levantar os certificados (não eram de aforro) que atestam a nossa peregrinação ao túmulo do apóstolo Santiago. As instalações de acolhimento ao peregrino deveriam ter um ar condicionado mais potente, pois o nosso amigo Pica rectângulos é também uma máquina de teste a sistemas de renovação de ar... Terminado o processo aduaneiro/burocrático carregámos as bicicletas na grade, atirámos os sacos para a bagageira e lá fomos nós à procura de restaurante para almoço final de confraternização... O almoço foi classificado de muito bom dada a qualidade de serviço pra ciclistas por higienizar... No fim do respasto voltámos à estrada, atirámos o GPS de 1985 pela janela fora e toca a rumar a Portugal, à Super Bock, ao FMI, à gasolina cara como o car.... enfim à terrinha... A chegada foi assinalada nas Neves da forma que melhor sabemos com um copo de comemoração. À chegada para além do foguetório, volta ao largo a apitar e crianças com as bandeirinhas ainda estavam o Tijelas (no parranda à espreita) e o Doutor (com muito esforço) no largo.

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